sábado, 7 de junho de 2008

Poesia em Prosa


Viagem

Aparelhei o barco à ilusão e reforcei a fé de marinheiro. Era longe o meu sonho e traiçoeiro o mar.

(Só nos é concedida esta vida que temos; E é nela que é preciso procurar o velho paraíso que perdemos.)

Prestes, larguei a vela e disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida, a revolta imensidão transforma dia a dia a embarcação numa errante e alada sepultura...Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura, o que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga

Um comentário:

Nadia disse...

o que importa é partir, não é chegar. repetir isto 30 vezes.