
Viagem
Aparelhei o barco à ilusão e reforcei a fé de marinheiro. Era longe o meu sonho e traiçoeiro o mar.
(Só nos é concedida esta vida que temos; E é nela que é preciso procurar o velho paraíso que perdemos.)
Prestes, larguei a vela e disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida, a revolta imensidão transforma dia a dia a embarcação numa errante e alada sepultura...Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura, o que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
Um comentário:
o que importa é partir, não é chegar. repetir isto 30 vezes.
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