sábado, 27 de setembro de 2008

Chamam-nos anhados e, no fundo, anhados somos.

"Quis fazer um desenho desenhado pela minha mão que desenha desenhos mas não me ocorreu nem me deu nenhum rasgo rasgado de luminância ideológica das ideias pensadas pelos pensamentos pensados pelo cérebro que é meu e não teu. É meu. Assim, portanto, no entanto, momentaneamente neste momento, decidi, decididamente, expressar expressivamente a minha, que é só minha e não tua, é minha, "A minha", volto a citar, a minha falta de imaginação imaginária que surge e urge sempre e quase sempre, ou seja, nunca, neste tipo de situações situadas no tempo temporal em que me é possível e não é possível possibilitar a apresentação apresentada por mim, ou melhor, pela folha, por esta folha folheada, pois é ela, ela e não tu, que mostra qualquer registo de acção gráfica analógica. Assim, nesta altura, (2m aproximadamente), dei conta desta situação situada no estado de anhanço em que me encontro. Por isso, pão com chouriço e febras e feijão, a folha, esta folha que vem da árvore, da madeira da árvore que estava nos arvoredos da floresta florestal, está a acabar e então vou parar e acabar de escrever porque tu, que estás a ler isto, és ainda mais anhado do que eu..."

(Era uma folha, que veio da árvore, da madeira da árvore que estava nos arvoredos da floresta florestal, pregada a um placar de cortiça cortiçada arrancada dos sobreiros sobreiramente envelhecidos, na sala da aula portuguesa de Português. Foi um anónimo que escreveu anonimamente estas palavras palavreadas. E se estás a ler isto, então já anhaste anhadamente mais uns quantos segundos do tempo temporal em que te situas situadamente e, etc.).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Uma (não última) referência a ti.

Tenho um nó no estômago. Quero dizer-te muitas coisas, mas parece que nunca te chegam aos ouvidos como eu queria que chegassem. Talvez a culpa seja minha. Talvez eu não use as palavras certas, as expressões certas, a voz certa...Não sei. O que me fode, é esta relação que temos agora. Quase nunca me sorris. Sinto, por vezes, que me olhas com nojo e rancor. Isso entristece-me. Não conseguimos manter uma relação minimamente normal. Eu não consigo ver-te como te via antes e tu não consegues...não sei o que é que tu não consegues. Caguei para o que é que não consegues! Só queria poder dar-me contigo. Quando falamos, acabamos sempre no joguinho parvo e inútil do "tu fizeste isto, eu fiz aquilo..". Odeio isso.
Às vezes dou por mim a olhar-te pelo canto do olho. A mesma imagem que via no início. Umas pestanas grandes, a barba miudinha, os lábios perfeitinhos, tudo incrivelmente doce. Mas se por acaso me olhas, uma tristeza gigante e traiçoeira envolve-me, rouba-me o momento. Então desvio o olhar e finjo que não aconteceu nada. Que merda de discurso! Isto não vale a pena. Só queria que soubesses que o Adeus não tem de ser eterno. Um beijo.

domingo, 14 de setembro de 2008

É preciso dizer "Adeus".

(...)
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti

não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Avante camarada, Avante!

Vou pro pé dos Comunas. A ver se ainda volto viva!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aconteceu

O Now pede pessoas pra cantar ao vivo. Fixe,
Amanhã às 9.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

1/09

Parabéns Stiehl. És grande